Com o dólar e o euro acima de R$ 5, há quem questione se ainda vale a pena comprar iPhone ou eletrônicos nos EUA ou na Europa?
Há alguns anos atrás, muitos turistas aproveitavam as viagens internacionais para comprar eletrônicos. O iPhone, por exemplo, smartphone da Apple, era um dos objetos de consumo preferidos desses consumidores. Hoje, porém, com o dólar em torno de R$ 5,20 e o euro em R$ 5,30, ainda vale a pena comprar um “iPhone na gringa”?
Os aparelhos da linha iPhone 14 por exemplo foram lançados em setembro do ano passado e na terra do Tio Sam custam entre US$ 799 e US$ 1.599 e já por aqui os valores ficam entre € 1.029 e € 1.569. É importante ressaltar que o preço praticado pela Apple é o mesmo, em dólares, no mundo todo.
Portanto, se ela fabricar um aparelho e vender com margem de lucro de 20%, essa conta será a mesma em todos os países. O “problema” é o custo extra que vem dos impostos e da logística, que influencia no valor final pelo qual o aparelho é vendido ao consumidor. Então, se o custo do iPhone no Brasil é mais alto do que em outros lugares, é por causa dessas “despesas extras”.
EUA
Na nova linha do iPhone, o modelo mais básico (e, consequentemente, o mais barato) é o iPhone 14 com 128 GB de memória. Custa nos Estados Unidos US$ 799. No dia 02 de janeiro, com o dólar comercial girando em torno de R$ 5,35, o dólar turista (comprado pelos consumidores) em torno de R$ 5,70. Portanto, o preço desse modelo de iPhone, sem impostos, ficaria em torno de R$ 4.284, mas a realidade está bem distante disso.
É importante lembrar que cada estado nos Estados Unidos tem um imposto diferente. Em Nova York, por exemplo, o imposto gira em torno de 8,87%. Isso significa que, embora o iPhone seja anunciado por US$ 799, ele custará cerca de US$ 870. Em estados como a Flórida, os impostos são de 6,80%. Assim, o iPhone custaria cerca de US$ 853.
Mesmo com essa variação de impostos, o iPhone 14 de entrada sairia bem mais barato do que no Brasil, onde o aparelho custa a partir de R$ 7.599 (bem longe dos R$ 4.500 que custaria nos EUA).
No modelo mais caro da nova linha da Apple, a diferença também é marcante. O iPhone Pro Max com 1 TB de memória custa US$ 1.599 nos EUA, então por lógica o consumidor pagaria, em reais, cerca de R$ 8.474, mas com o câmbio atual, o mesmo aparelho é vendido por “apenas” R$ 15.499.
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Europa
Diferentemente dos EUA que os impostos variam de estado para estado, na Europa, os preços variam ligeiramente de país para país. Em Portugal, por exemplo, a versão mais básica (iPhone 14 de 128 GB) custa 1.039 euros. O mais caro (iPhone 14 Pro Max com 1 TB de memória) custa uma bagatela de 2.149 euros. Já na Espanha, os preços caem um pouco: o mais barato custa 1.009 euros e o mais caro, 2.119 euros. Na Itália, o modelos de entrada sai por 1.029 euros e o mais top, por 2.139 euros. Por fim, na Alemanha, o mais barato custa 999 euros e o mais caro, 2.099.
Mesmo em Portugal, onde o iPhone 14 vai custar mais caro que nos demais países avaliados, a compra é vantajosa para os brasileiros. Com o cambio atual do euro, o iPhone mais básico custaria, em Portugal, cerca de R$ 5.338. Já o mais caro custaria R$ 11.041. No Brasil, os preços seriam de R$ 7.599 e R$ 15.499, respectivamente.
Reino Unido
No Reino Unido, que saiu recentemente da União Europeia e usa a libra esterlina como moeda, o iPhone mais barato da nova faixa custa 849 libras. Já o mais caro, custa £ 1.749.
Com a libra comercial atualmente cotada a R$ 6,37, a libra turismo foi negociada em torno de R$ 6,45. Assim, o iPhone mais barato custaria em torno de R$ 5.473 e o mais caro, R$ 11.275, que ainda assim sairia mais barato que no Brasil.
Dispositivos mais antigos
No caso dos aparelhos mais antigos da Apple, também há vantagens em comprar no exterior. O iPhone 13, por exemplo, foi lançado setembro de 2021. No Brasil, você encontra na versão mini de 128 GB de memória por R$ 5.699 à vista. Na Amazon, um dos principais marketplaces do mundo, foi possível encontrar o aparelho por R$ 5.021 à vista.
Na Amazon alemã, foi possível encontrar o mesmo aparelho por 812 euros, o que equivaleria a R$ 4.863, utilizando uma cotação do euro turismo em torno de R$ 5,99.
Na Amazon da Espanha (que também atende Portugal), o aparelho foi vendido por 859 euros, aproximadamente R$ 5.145.
Nos EUA, a maioria dos dispositivos vendidos em marketplaces é usada ou associada a uma operadora.