Estudo de viabilidade está sendo feito para saber se o Reino Unido e a Irlanda seguirão em frente com uma licitação para 2030, com os regulamentos formais de licitação que serão fixados pela FIFA no segundo trimestre de 2022.
As associações de futebol inglesas, escocesas, galesas, irlandesas do norte e irlandesas estão planejando uma candidatura conjunta para sediar a Copa do Mundo em 2030 que criaria retornos comerciais “significativamente maiores” do que uma rival sul-americana, diz o candidato a vice-presidente da FIFA, Kieran O’Connor.
O Uruguai sediou a Copa do Mundo inaugural em 1930, e com isso existe um desejo de que as disputas do centenário seja no mesmo continente, no entanto, O’Connor, presidente da Associação de Futebol do País de Gales, acredita que as virtudes comerciais podem ser decisivas.
“Temos as instalações, temos a capacidade de organização, temos tudo e temos um histórico de realização de grandes eventos, as Olimpíadas estiveram aqui recentemente, Cardiff teve a final da Champions League, Wembley pode receber qualquer coisa as instalações estão lá, seria bem organizado, bem administrado e provavelmente seria financeiramente benéfico para a FIFA também”,disse O’Connor.
“Tenho certeza de que o retorno comercial de uma oferta no Reino Unido seria significativamente maior do que qualquer oferta sul-americana”, complementouO’Connor.
Apesar de otimista, O’Connor reconhece também que às vezes a FIFA usa a Copa do Mundo para desenvolver o futebol em novas áreas.
“O Catar, por exemplo, olhando de fora, não faz muito sentido, mas tenho certeza de que (levar a Copa do Mundo de 2022) vai incentivar e desenvolver o futebol de forma significativa naquela parte do mundo,” ele disse.
“Às vezes, não são os aspectos comerciais que importam, há outras questões que devem ser levadas em consideração.”
Para 2030, isso pode significar que a China seria uma candidata de destaque, mas O’Connor disse: “Não acho que a China esteja pronta ainda, acho que provavelmente estará em 2034, talvez.”
“Se a China conseguir, será interessante. É um lugar enorme e eles estão desenvolvendo suas instalações. É um lugar tão grande que o transporte de equipes pode ser um problema. Com isso, vejo que eles só poderiam ter a capacidade de realizar este tipo de eventoem 2034.”
O’Connor pode se tornar o administrador mais antigo da Grã-Bretanha se for eleito vice-presidente do órgão regulador do futebol mundial no Congresso da UEFA, mas enfrenta a competição de David Martin, presidente da Federação Irlandesa de Futebol, e de Michael Mulraney, vice-presidente da Federação Escocesa de Futebol.
E espera-se que a ambiciosa proposta acabe concorrendo com países como: Espanha, Portugal e Marrocos quando o processo de licitação formal começar no próximo ano.
De acordo com os critérios atuais da FIFA, o Windsor Park por exemplo, que acomoda 18.000 torcedores, é pequeno demais para sediar um jogo da Copa do Mundo, com capacidade mínima de 40.000 para as finais.
O Casement Park reconstruído em West Belfast, com uma capacidade projetada de 34.500, também ficaria aquém do limite estabelecido.
No entanto, as esperanças permanecem altas de que a Irlanda do Norte, que jogou pela última vez em uma Copa do Mundo em 1986, possa desempenhar um papel fundamental, com Kirkwood.
O presidente da IFA, que sucedeu David Martin em junho, disse: “Fazemos parte de uma candidatura de cinco países e está em fase de viabilidade com o apoio do governo do Reino Unido.
“Ainda é necessário muito trabalho duro para colocar o estudo de viabilidade no lugar certo e acho que podemos apresentar uma oferta muito forte“, Disse David.
O torneio de 2030 celebrará o 100º aniversário da Copa do Mundo e a candidatura conjunta do Reino Unido e da Irlanda será a primeira iniciada por cinco países.
